Macron diz que trégua na Ucrânia pode ser alcançada ‘nas próximas semanas’

Macron diz que trégua na Ucrânia pode ser alcançada ‘nas próximas semanas’


Presidente francês se reuniu com Donald Trump na Casa Branca nesta segunda-feira (24) para conversar sobre guerra no Leste Europeu. Emmanuel Macron e Donald Trump se cumprimentam após encontro na Casa Branca
Evelyn Hockstein/Reuters
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira (24) que uma “trégua” na guerra na Ucrânia poderia ser alcançada nas “próximas semanas”.
“Primeiro, é necessária uma trégua. Acredito que ela poderia ser alcançada nas próximas semanas”, afirmou Macron em entrevista à Fox News após uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
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O encontro entre Trump e Macron ocorre no aniversário de três anos da guerra no Leste Europeu após dias de tensão entre os líderes mundiais, após Trump indicar uma aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin.
Trump e Macron concordaram com a presença de militares de países europeus na Ucrânia para garantir a paz após a assinatura de um acordo. Trump, que disse já ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ainda que “Putin aceitará” a permanência dessas tropas em território ucraniano.
Sobre o líder russo, Macron afirmou que há muito não conversa com ele, mas espera que, com a volta do Republicano à Casa Branca, haja “novo contexto” e uma “nova oportunidade para se conectar novamente” com Moscou.
Durante o encontro, Trump e Macron divergiram sobre o quanto cada potência gastou apoiando Kiev no conflito. “Os Estados Unidos disponibilizaram muito mais ajuda à Ucrânia do que qualquer outra nação”, disse o americano — a fala é contestada por especialistas.
Macron contemportizou, afirmando que a Europa custeou cerca de 60% do esforço de guerra de Kiev.
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Declarações ríspidas
O encontro na Casa Branca é uma trégua momentânea na guerra de palavras de líderes mundiais acerca do conflito. Na semana passada, Trump chamou Zelensky de “comediante modestamente bem-sucedido” e “ditador”, além de fazer ameaças diretas.
Dois dias depois, ele afirmou que a presença de Zelensky na mesa de negociações não era muito importante: “Ele está lá há três anos. Ele faz com que seja muito difícil fechar acordos”, afirmou, em uma entrevista.
Representantes dos EUA e da Rússia chegaram a se reunir na Arábia Saudita para negociar o fim do conflito sem a presença de nenhuma autoridade ucraniana.
Zelensky, por sua vez, acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.
No último dia 17, líderes europeus já haviam afirmado estar prontos para enviar tropas de paz para a Ucrânia após a eventual assinatura de um acordo de paz entre Moscou e Kiev. Os europeus defenderam aumentar o gasto militar para se proteger da ameaça expansionista da Rússia, após uma reunião de emergência realizada em Paris.
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