Zelensky acusa China de ajudar a Rússia e diz que enviado de Trump espalha ‘narrativas russas’ sobre a guerra

Zelensky acusa China de ajudar a Rússia e diz que enviado de Trump espalha ‘narrativas russas’ sobre a guerra


O presidente da Ucrânia afirmou que tem “provas de que a China oferece artilharia e pólvora” aos russos e afirmou que um memorando de intenções sobre acordo de minerais que vem sendo negociado com o governo dos EUA pode ser assinado ainda nesta quinta (17). Volodymyr Zelensky em coletiva de imprensa em Kiev
Tetiana DZHAFAROVA / AFP
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez acusações contra a China e o enviado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quinta-feira (17).
O ucraniano, que busca um acordo de cessar-fogo para parar a guerra de seu país contra a Rússia, que já dura três anos, afirmou que tem “provas de que a China oferece artilharia e pólvora” aos russos e que está ajudando na produção de certas armas.
“Acreditamos que representantes chineses estejam envolvidos na produção de algumas armas no território da Rússia”, disse ele em uma coletiva de imprensa em Kiev.
Zelensky também criticou o enviado especial de Donald Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff – que se encontrou há alguns dias com o presidente russo, Vladimir Putin -, dizendo que ele “está espalhando narrativas russas sobre a guerra”.
No entanto, afirmou que um memorando de intenções sobre o acordo de minerais que vem sendo negociado entre seu país e o governo dos Estados Unidos pode ser assinado ainda nesta quinta-feira (17).
De acordo com o ucraniano, a Rússia diminuiu o número de ataques a instalações de energia, como acertado em acordo mediado pelos EUA, mas está atacando a infraestrutura civil e continua a usar o mesmo número de drones e mísseis, além de ter reunido cerca de 60 mil soldados nos arredores de Sumy, cidade atacada no domingo (13).
Vídeo mostra desespero de ucranianos após ataque de mísseis russos em Sumy
China negou acusação anterior
Há uma semana, Zelensky já havia atacado Pequim e dito que as forças ucranianas haviam capturado dois homens de nacionalidade chinesa lutando ao lado da Rússia no leste da Ucrânia.
Disse também ter informações de que 155 chineses tinham sido enviados pelo presidente do país asiático, Xi Jinping, para integrar as forças russas.
A China negou que tenha enviado soldados para lutar ao lado das tropas da Rússia na Ucrânia, e disse não ter informações sobre cidadãos de seu país que tenham sido recrutado por Exército de Vladimir Putin.
Questionado sobre a declaração de Zelensky, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu às “partes relevantes” que “parem de fazer comentários irresponsáveis”.
“Alertamos às partes relevantes que reconheçam o papel da China de maneira correta e clara”, disse o porta-voz diplomático Lin Jian em uma entrevista coletiva, sem citar a Ucrânia ou Zelensky diretamente.
A China se apresenta como um ator neutro na guerra de três anos, apesar das críticas ocidentais de que sua proximidade com Moscou proporcionou apoio econômico e diplomático à Rússia.

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