Bolsas de NY operam em queda após dispararem no dia anterior com redução do ‘tarifaço’ de Trump

Bolsas de NY operam em queda após dispararem no dia anterior com redução do ‘tarifaço’ de Trump


Principais índices de Wall Street tiveram suas maiores altas em anos nesta quarta (9), depois do ‘recuo’ dos EUA em relação às tarifas; os mercados da Ásia e da Europa reagiram hoje à decisão. Operadores trabalham no pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), em 10 de abril de 2025
REUTERS/Jeenah Moon
As bolsas de Nova York operam em queda nesta quinta-feira (10), depois de registrarem suas maiores altas em anos no dia anterior.
Nesta quarta (9), os mercados reagiram à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir para 10% as “tarifas recíprocas” sobre importações de todos os países, com exceção da China, por um período de 90 dias. (leia mais abaixo)
O recuo do tarifaço mudou completamente o humor dos investidores. Os principais índices de Wall Street, que vinham operando no campo negativo com a perspectiva de desaceleração da economia global, dispararam. O Nasdaq avançou 12%, seu melhor dia desde 2001.
Nesta quinta, porém, após o salto recorde, os investidores agem cautelosos por causa das inúmeras tarifas adicionais que permanecem em vigor.
Também em reação à “pausa” nas tarifas, as bolsas europeias operam em alta nesta quinta. Elas haviam fechado em queda na véspera porque o pregão terminou antes que os investidores pudessem repercutir o anúncio de Trump.
A mesma dinâmica foi vista no mercado asiático. Depois de despencarem no dia anterior, nesta quinta, as bolsas fecharam em alta. No Brasil, o Ibovespa opera em queda e o dólar em alta.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas americanas por volta das 13h30:
Dow Jones caía 5,01%, aos 38.575,14;
S&P 500 caía 5,85%, aos 5.137,82;
Nasdaq caía 6,82%, aos 15.957,02.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas da Europa:
🇩🇪 o DAX, da Alemanha, subiu 4,67%;
🇫🇷 o CAC 40, da França, subiu 3,83%;
🇬🇧 o FTSE 100, do Reino Unido, subiu 3,04%;
🇮🇹 o Itália 40, da Itália, subiu 4,73%;
🇪🇸 o IBEX 35, da Espanha, subiu 4,60%;
🇳🇱 o AEX, da Holanda, subiu 2,86%;
🇨🇭 o SMI, da Suíça, subiu 3,31%.
📉 Veja o desempenho das principais bolsas asiáticas:
🇨🇳 CSI 1000, da China, subiu 2,34%;
🇭🇰 Hang Seng, de Hong Kong, subiu 2,06%;
🇯🇵 Nikkei 225, do Japão, subiu 8,99%;
🇬🇸 Kospi, da Coreia do Sul, subiu 6,60%.
Bolsas da Ásia abrem em forte alta nesta quinta-feira após Trump recuar das tarifas
Veja a íntegra do que disse Donald Trump
Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto!
Trump eleva tarifas contra a China para 125%
Truth Social/Reprodução
Retaliação à China
Trump também afirmou na tarde desta quarta-feira (9) que aumentará para 125% a tarifa sobre a importação de produtos da China. A medida tem efeito imediato.
A decisão é mais um episódio da nova disputa comercial entre EUA e China, iniciada pelo tarifaço de Trump. No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, houve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação.
Os EUA haviam imposto uma taxa de 104% aos produtos chineses, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos. (saiba mais abaixo)
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump em sua rede social.
O republicano disse esperar que, “em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.
“Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato”, escreveu Trump.
O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço.
“Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA”, acrescentou.
Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%:
No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;
Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de “tarifas recíprocas” que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;
Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.
Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a tarifa contra os asiáticos, na mais nova ofensiva.

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