Jato da American Airlines partiu do Kansas e estava próximo do pouso, quando sofreu acidente com colisão em helicóptero. Ainda não se sabe ainda o que provocou o acidente e autoridades informaram que não acreditam que haja sobreviventes. Veja por outro ângulo colisão entre avião comercial e helicóptero militar nos EUA
Uma colisão no ar, a poucos minutos do aeroporto, sobre um rio congelado, com militares envolvidos e em plena capital da maior potêncial mundial.
Uma série de particularidades envolve a batida entre um avião comercial da American Airlines e um helicóptero da Força Aérea dos Estados Unidos, na noite de quarta-feira (29). A colisão aconteceu perto de Washington, a capital dos Estados Unidos, nos arredores da Casa Branca.
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Autoridades ainda não haviam divulgado as causas prováveis da colisão, mas especialistas questionam como uma colisão desse tipo pode ter ocorrido nas circunstâncias e no local onde aconteceu.
Veja, abaixo, as principais dúvidas e o que já se sabe sobre a batida.
O avião e o helicóptero estavam na rota prevista?
Sim, segundo as autoridades. O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, o avião da American Airlines estava seguindo o plano de voo e não havia nada de incomum na rota do helicóptero antes do acidente.
Duffy afirmou ainda que, antes do acidente, tudo estava dentro do padrão.
A torre avisou as aeronaves de que estavam na mesma rota?
Ainda de acordo com o secretário de Transportes, não houve qualquer falha de comunicação entre as aeronaves e a torre de controle de tráfego aéreo.
Áudios da comunicação com a torre de controle foram divulgados logo após o acidente e, neles, o agente da torre alerta o helicóptero militar de que havia um avião na rota e pede que o piloto do helicóptero alterasse o caminho.
“Dê a volta, mantenha a três mil pés agora, voe de volta”, diz o controlador ao piloto do helicóptero.
No entanto, o áudio não deixa claro se há uma resposta do helicóptero.
Apesar disso, o secretário de transportes afirmou que não houve nenhuma falha de comunicação.
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Colisão
As duas aeronaves colidiram próximo ao aeroporto em Washington e, segundo as autoridades, ninguém sobreviveu.
O acidente aconteceu na noite desta quarta-feira (29) depois da colisão de um avião comercial da empresa American Airlines que transportava 64 pessoas, entre passageiros e tripulantes, e um helicóptero militar com três pessoas.
De acordo com Sean Duffy, tanto o helicóptero quanto o avião estavam voando em padrões normais e que “tudo era padrão antes do acidente”, ressaltando que helicópteros militares dos Estados Unidos voam rotineiramente para cima e para baixo no rio Potomac, onde o acidente aconteceu.
“As trajetórias de voo do avião e do helicóptero não eram incomuns para o que acontece no espaço aéreo de DC”.
O secretário ainda ressaltou que não houve nenhuma falha na comunicação entre o helicóptero militar, o avião e a torre de controle de tráfego aéreo.
Após o acidente, o áudio da comunicação foi divulgado e mostra a torre de controle alertando o helicóptero de que havia um avião na rota. Na sequência, a torre faz o aviso da colisão.
Ao fim de sua fala, Duffy ainda disse que acreditava que o acidente era evitável.
Eu acho que era absolutamente evitável.
Apesar disso, as autoridades não apontaram o que pode ter acontecido que levou ao acidente. Na coletiva, informaram que está sendo feita uma investigação sobre as causas. O Pentágono também disse que estava iniciando uma investigação.
Antes das declarações, logo após o acidente, em uma publicação no Truth Social, o presidente Donald Trump questionou as ações da tripulação do helicóptero e dos controladores de tráfego aéreo no que ele descreveu como uma noite clara.
“Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada. NÃO É BOM!!!”, ele escreveu.
A American Airlines informou que está colaborando com as investigações e que o piloto na aeronave era experiente. O capitão do voo estava há seis anos na companhia e o primeiro oficial estava há dois anos.
Na coletiva, as autoridades informaram que os destroços das aeronaves foram encontradas e que o avião está em três partes no rio, com água acima da cintura. Por isso, entre outras condições, disseram que não há sobreviventes e que agora estão focados no resgate dos corpos.
Colisão pouco antes do pouso
O avião envolvido na colisão é um Bombardier CRJ700, com capacidade para 65 pessoas e utilizado para voos regionais. De acordo com as autoridades, era um voo da American Airlines que partiu de Wichita, no Kansas, com destino a Washington.
A batida aconteceu quando o avião estava a poucos metros da pista, momentos antes de pousar. A American Airlines confirmou que se trata de uma aeronave da companhia.
“Estamos cooperando com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes em sua investigação e continuaremos a fornecer todas as informações que pudermos”, disse o CEO da companhia aérea, Robert Isom.
O helicóptero é um modelo Sikorsky UH-60 Black Hawk, usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Segundo o Exército americano, nenhum militar sênior estava a bordo.
Todos os pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto, que fica a apenas 6 km do centro de Washington, D.C., onde está a Casa Branca.
Um avião com 64 pessoas a bordo e um helicóptero militar com 3 soldados bateram no ar em Washington, perto de aeroporto
Kevin Wolf/AP
Colisão entre jato comercial e helicóptero mobiliza socorristas em Washington, D.C., em 29 de janeiro de 2025
AP Photo/Alex Brandon