Joel Le Scouarnec está sendo julgado pela acusação de estuprar ou agredir sexualmente 299 pacientes, a maioria menores de idade. Médico anotou em diário “fantasias sexuais” com a neta – a primeira delas quando a vítima tinha apenas um mês e meio. Joël Le Scouarnec durante julgamento
Benoit PEYRUCQ / AFP
O ex-cirurgião francês Joel Le Scouarnec, acusado de estuprar ou agredir sexualmente 299 pacientes, a maioria menores de idade, confessou que abusou sexualmente de sua neta, durante seu julgamento no oeste da França, nesta sexta-feira (28).
“Sim, confesso que abusei sexualmente de minha neta”, declarou na presença de seu filho mais velho e pai da criança, que foi testemunhar perante o tribunal.
Nos cadernos e arquivos apreendidos durante sua prisão em 2017, após o estupro de sua vizinha de seis anos, o médico havia anotado cerca de 20 vezes as suas “fantasias sexuais” com sua neta – a primeira delas quando a vítima tinha apenas um mês e meio.
Após a confissão, a presidente do tribunal suspendeu a audiência. O filho mais velho do acusado e sua companheira foram atendidos por dois psicólogos, informou a Promotoria à imprensa.
Segundo o advogado-geral Stéphane Kellenberger, como a vítima ainda é menor, os atos não estão prescritos e foram registrados em ata.
Antes da confissão, o primogênito de Le Scouarnec, que tem três filhos, falou ao tribunal sobre a personalidade do pai e o contexto familiar, marcado por incestos e múltiplas agressões sexuais.
Na segunda-feira (24), primeiro dia de audiência, Joel Le Scouarnec admitiu a autoria de seus crimes e confessou ter cometido “atos abomináveis”.