Rússia lança campanha de recrutamento militar para alistar 160 mil jovens

Rússia lança campanha de recrutamento militar para alistar 160 mil jovens


Exército garante que os novos recrutas não serão enviados à Ucrânia. Número de alistamentos deve ser maior do que nos últimos dois anos. Ataques e exigências da Rússia põem trégua em xeque
A Rússia vai lançar sua campanha de recrutamento militar para alistar 160.000 jovens entre 18 e 30 anos, um número superior ao dos dois anos anteriores, segundo um decreto assinado pelo presidente, Vladimir Putin, nesta segunda-feira (31).
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O exército garante que os novos recrutas não serão enviados à Ucrânia. O país está sendo atacado pelas forças russas desde fevereiro de 2022.
A campanha para recrutar militares acontece duas vezes ao ano, na primavera e no outono boreais. A convocação deste ano começará na terça-feira (1º), de acordo com o decreto assinado nesta segunda.
O texto prevê que “160.000” cidadãos russos entre 18 e 30 anos de idade sejam convocados entre 1º de abril e 15 de julho.
Na campanha, normalmente lançada em abril, 150.000 recrutas foram convocados em 2024 e 147.000 em 2023, de acordo com a agência de notícias estatal Tass.
Além de não serem enviados para a Ucrânia, uma autoridade do Estado-Maior, o vice-almirante Vladimir Tsimlianski, afirmou que os recrutas também não participarão de “tarefas de operações especiais”.
Em 2023, a Rússia aprovou uma lei que altera de 27 para 30 anos o limite de idade para o serviço militar obrigatório.
A invasão da Ucrânia levou as autoridades russas a ordenar a mobilização de mais de 300.000 pessoas até o final de 2022. Desde então, muitos russos deixaram o país por medo de serem convocados.
Nas últimas semanas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs um cessar-fogo, que Kiev aceitou sob pressão de Washington. Mas Putin fechou as portas para uma trégua incondicional e imediata, aceitando apenas uma moratória muito limitada, sem efeitos reais sobre os combates.
A Rússia, que continua no controle do campo de batalha apesar das grandes baixas, é acusada de querer ganhar tempo para aproveitar sua posição e tomar mais territórios.
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REUTERS – ALEXEY PAVLISHAK
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