Em post no X, Durov destacou que o plano pago passou a ter mais de 12 milhões de assinantes. Em agosto, executivo foi indiciado por crimes que acontecem no app, segundo a promotoria da França. O cofundador do Telegram Pavel Durov aceitou mudar a política da plataforma
Reuters
O Telegram passou a dar lucro, anunciou nesta segunda-feira (23) o fundador e presidente-executivo do aplicativo, Pavel Durov.
Em um post no X, o bilionário afirmou que a receita do app de mensagens passará de US$ 2 bilhões em 2024 e o lucro será de mais de US$ 500 milhões, sem incluir a parte em criptomoedas.
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Segundo o CEO, o Telegram emitiu cerca de US$ 2 bilhões em títulos de dívidas nos últimos quatro anos. Essa dívida foi paga em boa parte no terceiro trimestre do ano, aproveitando as altas no preço dos títulos.
Durov destacou o desempenho do Telegram Premium, que é pago, dizendo que o número de assinantes triplicou no ano, superando os 12 milhões.
Ele também citou iniciativas de monetização no app como o Telegram Business e a plataforma de afiliados, que, segundo Durov, demonstram que as redes sociais “podem conseguir sustentabilidade financeira enquanto continuam independentes e respeitam os direitos de seus usuários”.
Acusado de crimes na França
O Telegram se apresenta como um serviço que visa proteger a privacidade do usuário e direitos humanos como a liberdade de expressão e de reunião. Mas é alvo de críticas por permitir seu uso sem que o indivíduo tenha que revelar publicamente nenhum dado pessoal, como nome, e-mail e número de telefone.
Ele também permite chats secretos, com criptografia – para que o conteúdo de uma mensagem não seja lido por terceiros.
O CEO Telegram foi indiciado na França, em agosto. Durov foi apontado como cúmplice de crimes que, segundo a Promotoria francesa, acontecem com a permissão do aplicativo.
Ele chegou a ser preso por cinco dias naquele mês, sob a alegação de que o Telegram se recusa a colaborar com investigações, o que contribui para a prática de crimes como abuso sexual infantil, tráfico de drogas e fraude, dentro da plataforma.
O Telegram afirmou que “cumpre as leis da União Europeia” e que Durov não tinha nada a esconder.
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O executivo, que nasceu na Rússia e tem cidadania francesa, foi libertado após pagar fiança com a obrigação de comparecer a uma delegacia duas vezes por semana. Se condenado, pode ter uma pena de 10 anos de prisão e multa de 500 mil euros (R$ 3 milhões).
“É absurdo afirmar que uma plataforma ou seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma. Estamos aguardando uma resolução rápida desta situação”, disse a nota do Telegram divulgada na época da prisão de Durov.
“As alegações em alguns veículos de que o Telegram é uma espécie de paraíso anárquico são absolutamente falsas”, disse o bilionário, dias após ser solto.
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